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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A falta que ele faz

Naquele dia eu estava cansado. Havia trabalhado doze horas seguidas e alguns fatos desagradáveis aconteceram, como por exemplo, o terrível atropelamento que presenciara quando atravessava a Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, no qual pereceram duas pessoas, uma da quais uma criança de aproximadamente dez anos de idade, de maneira estúpida e repugnante.


À noite, ao chegar em casa, com o corpo e a mente desgastados pelo cansaço físico e mental, e pela tristeza do acontecido, não tive fome e me alimentei com apenas um copo de leite e uma fruta. Deitei-me e, como não conseguia adormecer, pus-me a analisar toda a minha existência até aquela data. E a pensar nos dias em que vivemos, tão pleno de desamor, indiferença, violência e desesperança. Pensei e me perguntei como conseguimos deixar este planeta tão à deriva e tão ameaçado pelos próprios seres humanos que somos, aliás cada vez mais desumanos, mais ansiosos em ter, conquistar, possuir, exercer poder. Destruímos as matas e florestas, destruímos parte da camada de ozônio, destruímos milhares de espécies viventes, tanto no mar quanto nos campos e florestas, exterminamos animais inocentes e inofensivos, que nunca mais voltarão a viver, e estamos aquecendo nosso mundo e provocando incríveis mudanças climáticas, que já estão ocorrendo, provocando tragédias de todo tipo, como por exemplo, furacões, enchentes, tornados, desertificação de regiões férteis, etc. E estes acontecimentos serão cada vez mais cataclísmicos, dizem os cientistas.

As coisas verdadeiras e valiosas passaram a não ter valor, a serem consideradas falsas e inúteis. Onde anda a exaltação da humildade, o aplauso à honestidade, o cumprimento gentil e simpático do vizinho, do desconhecido? Como disse Jesus, qual o mérito de amar nossos filhos, nossos amigos, aos que nos fazem bem? Até o ladrão e o assassino amam a seus filhos, seus amigos, aos que lhe querem bem. Difícil e elogiável é amar ao desconhecido, perdoar ao que te feriu, ao que te fez mal, ao que te odeia. Este é o verdadeiro amor, isento de interesse, amor sincero, amor puro, amor incompreensível para quase todos nós, difícil de entender. Quando se comenta sobre esse amor áureo, não há quem o aceite ou quem se proponha a praticá-lo, e se faz invariavelmente o seguinte comentário:“ Só Deus, só Jesus é capaz de exercitar este amor”.

Será? Se só Ele é capaz de amar assim, temos aqui um paradoxo. Sendo Deus, e Jesus é Deus, porque Ele nos ensinaria algo que só ele, Deus, poderia fazer? Seria no mínimo pouco inteligente agir assim. Até porque, o próprio Jesus disse que não nos mandaria provas que não pudéssemos suportar. Por mais que analisemos e questionemos os seus ensinamentos, não encontramos base para deles discordar e nem duvidar.

Que tipo de ajuda o mundo tem nos proposto, para acabar com nossas angústias e medos, que nos acompanham desde sempre, da adolescência até a chamada maturidade, também chamada a idade da razão? É obvio que a psicologia possui explicações e armas poderosas para nos ajudar, para nos levar a compreender nossos problemas vivenciais; não há como negar isso. Há outras ciências e técnicas, e métodos e meios, muitos deles com embasamento científico, que também tem o seu valor e, em muitos casos, ajudam e até resolvem muitos de nossos problemas.

Mas, todas as proposições, soluções e remédios, enfim, que o mundo nos oferece vem do próprio homem, obtidas por seres que falham, que erram, que se enganam, e não raro confessam seus erros e nos dizem que o que pensavam antes não estava tão certo assim. Quantos remédios vendidos durante anos para combater determinados males, provocaram males maiores dos que os males que se propuseram a curar e foram retirados do mercado. Assim é o homem, assim somos nós.

Mais do que nunca, precisamos da ajuda de algo maior do que a nossa pequenez e insignificância, de algo definitivo e infalível, de algo insuperável e inigualável, Precisamos de Deus e do seu filho, que morreu por nós na cruz do Calvário.

Naquela noite comecei a entender que quem mais precisa de ajuda são aqueles que mais tem certeza de que não precisam, que são auto-suficientes e confiantes, apesar de conseguirem ver tudo de errado que ocorre no nosso mundo, à nossa volta e no coração dos homens. O simples posicionamento de questionar e não aceitar o que está acontecendo, não é suficiente, e nem nos coloca numa posição confortável perante nossas dúvidas e nós mesmos. Tendo ciência dos erros, sentindo-se agredidos pelos fatos e tendo certeza de que a solução nos é quase impossível encontrar por nós mesmos, não nos resta outra solução do que procurar por Deus. Do que clamar por Ele e buscar a Sua Presença, ouvindo o que Ele tem a dizer. Se Deus é perfeito, tudo criou, e tudo está sob o Seu controle, é incompreensível que a sua criatura mais perfeita, o homem, feita à sua imagem e semelhança - como Ele mesmo diz – se recuse a procurá-Lo e D’Ele indagar sobre as suas dúvidas e necessidades.

E não é tão difícil assim encontrá-Lo e pedir orientações. E Ele as dá por escrito. É muito fácil. Entre em qualquer boa livraria e peça o Manual do Fabricante, também conhecido pelo nome de Bíblia Sagrada. Neste livro você encontrará todas as respostas às perguntas que a mente do homem é capaz de formular sobre si mesmo e sobre o mundo, tais como, quem sou eu, de onde eu vim, quem me criou, porque fui criado, para quê fui criado, para onde vou, o que posso fazer para agradar ao Fabricante, o que Ele quer de mim, como posso buscar a Sua presença, como Ele pode curar minha doença? E por aí vai.

Contudo, sempre ouvi dizer que ele não invade a nossa vida, não entra sem ser convidado. Ele apenas bate suavemente na porta do seu coração, e se você abrir e convidá-Lo a entrar, Ele entrará, e ceará contigo e perdoará os teus pecados. Ele é Jesus.

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