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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Como se faz a previsão do tempo? Por que ela erra tanto?


Trata-se de uma operação mundial, altamente automatizada. Isso é necessário porque as condições meteorológicas em uma determinada região do planeta podem afetar outras partes do globo. Só para elaborar a simples previsão que assistimos todos os dias na TV, é posto em marcha um exército de dezenas de milhares de pessoas no mundo inteiro, além de equipamentos dos mais diversos e complexos. Depois de toda essa coleta de dados, as informações obtidas em cada país são enviadas aos centros meteorológicos mundiais. Neles, tudo o que foi coletado é processado em computadores, junto com imagens de satélites. O resultado é o chamado "estado inicial global", um amontoado de números que descreve, da maneira mais fiel possível, a situação do clima mundial em um único instante. Sabendo como está o tempo agora, é possível prever como ele se tornará no futuro, por meio de complexas equações matemáticas.



No Brasil, o estado inicial global é processado no supercomputador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), órgão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Cachoeira Paulista. O CPTEC também faz previsões regionais, que descrevem o clima brasileiro com mais detalhes. Por fim, na ponta da cadeia, estão os meteorologistas contratados para as previsões que saem na mídia. Tendo acesso às previsões regionais, globais e às imagens de satélite, eles elaboram o próprio diagnóstico pessoal. A previsão pode errar por vários motivos. Primeiro, o clima é um dos fenômenos mais complexos da natureza e nem todos os fatores e leis que o governam são totalmente conhecidos. Outra causa de erro são falhas e lacunas nas observações, que resultam em um modelo global menos preciso. Tudo isso faz com que as equações processadas se desviem da realidade à medida que avançam para o futuro.

"A previsão para o dia seguinte é quase 100% segura, mas prever o clima para um mês inteiro é um tiro no escuro", afirma Ricardo de Camargo, professor de Meteorologia da Universidade de São Paulo (USP).

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