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domingo, 23 de janeiro de 2011

O SAPO E A BORBOLETA.

Esta é a história de Priscila Buterfly que nasceu e viveu na floresta de Florzi junto ao mar e ao lago verde-musgo.
Não, ela não era bonita quando nasceu. Ela era muito feia. O seu cabelo quebra pente era amarelo e marrom misturado e seus dentes eram muito dentro da boca, fazendo parecer rindo todo tempo. Raposas, coelhos e jacarés tinham medo dela.
Ela vivia pela floresta colhendo lenha para o fogão da mãe. Nunca ninguém brincava com ela, porque ela não tinha tempo. Quando não apanhava lenha, então carregava água ou então cuidava dos irmãos menores.
Não podia ir até o mar, onde a floresta terminava, porque os meninos atiravam pedras nela, então corria para dentro da floresta e se escondia.
Aos treze anos levou um grande susto. Quando olhou para dentro do lago verde-musgo, ela viu um rosto refletido na água. Descobriu que o rosto era o seu. Então ela percebeu que os meninos tinham razão para enxotá-la. E ela foi reclamar com a sua mãe e sua mãe levou-a até o quintal. Olhando bastante para as folhas conseguiu achar uma lagarta. A mãe explicou que aquela lagarta horrível ao sair do casulo seria então uma linda borboleta. E disse para Priscila que ela ficaria tão linda quanto uma borboleta. “Nós podemos ser feios, mas depois ficamos lindos”. Priscila sorriu e se sentiu feliz esperando que o tempo ao passar a fizesse bonita como as outras meninas. Mas ela não olhava mais para dentro do lago verde musgo.
 Um dia ao apanhar lenha na floresta, viu um menino olhando para o lago verde-musgo. Ela quis saber dele, o por quê de olhar tanto para aquele lago. Ao chegar perto do menino, descobriu que ele era um dos quatro que sempre lhe jogava pedras. Então ela correu e se escondeu atrás das árvores. Quando o menino escutou o barulho de folhas se movendo, olhou para trás e conseguiu ver parte do vestido roxo listrado de branco de Priscila. Então ela notou que ele não olhava mais para o lago. Ele olhava sempre para o local em que ela estava escondida. Então não quis mais sair de trás da árvore, porque ele não mais desviava os olhos dali. Mas ela viu que ele estava só e por isso perdeu o medo. Os outros meninos malvados não estavam ali. Mesmo assim ela achou melhor não sair dali.  Mas lembrou que a mãe a esperava com o feixe de lenhas para fazer a janta. Mesmo assim, não conseguia sair dali. "E se os meninos malvados aparecerem?" – pensava ela.
- Priscila! - gritou o menino.
Ela levou um grande susto porque nunca havia ouvido alguém gritar seu nome, exceto sua mãe. O pai ela não conheceu, havia sido morto por um leão.
Priscila Buterfly! - gritou mais uma vez o menino.
Agora o susto foi maior, porque nem mesmo sua mãe gritava seu nome assim. Ele estava agora em pé e de costas para o lago. E ela resolveu aparecer. Gritou:
O que você quer?
Ele levou tempo para responder. Quase um minuto para responder.
Preciso falar com você!
Ela saiu lentamente por detrás das árvores. Neste momento ela leva outro susto. Uma borboleta azul pousa rapidamente em seu nariz. Quando ela levanta as mãos, a borboleta voa e some no meio das árvores. Ela, Priscila, anda bem devagar em direção ao menino, mas pára a cinco metros de distância. E diz:
- O que você quer?
- O que você acha de mim?
– Um sapo!!!
Ele abaixa a cabeça tristemente.
Eu disse um sapo! – grita ela, - tem um atrás de você!
Ele pula para o lado. O sapo se assusta e pula no lago. Ele levanta a cabeça e diz:
– Pensei que o sapo era eu...
- E o que você acha de mim? - pergunta Priscila.
– Muito linda! - diz ele.
– Mentira! Eu não sou linda!- Retruca Priscila.
Ele aponta para a borboleta azul voando atrás dela.
- Tenho de ir, minha mãe me espera com a lenha! – diz ela.
Ele se abaixa para apanhar a lenha e se oferece para levar. Carrega a lenha no ombro pela trilha da floresta. Enquanto andam pela floresta, ele a convida.
–Vamos ao mar?
– Sou muito nova para amar!
– Eu disse vamos ao mar!
- Ela entende e diz – Minha mãe é quem sabe!
 O dia amanheceu lindo com o sol vermelho por trás das serras e um céu cor de anil, azul bem escuro. Algumas nuvens bem brancas espalhadas pelo céu azul. Todas as crianças, seus irmãos pequenos estavam prontos para o passeio. Até a mãe de Priscila também queria ver o mar. Finalmente ela iria esquecer um pouco o fogão de lenha e a choupana no meio da floresta. Quando chegaram finalmente ao fim da trilha, com o final da trilha surge o mar.
As crianças pequenas ficaram encantadas com o mar e uma delas correu em direção a ele. Outra ficou agarrada a saia da mãe rindo muito de alegria. E o menorzinho chorou, mas era um choro de alegria. Porque enquanto chorava também sorria. A mãe de Priscila viu quando os quatro meninos apareceram e disse.
– Lá vem os quatro meninos malvados!
Priscila responde:
– Não mãe, agora só três são malvados, o mais lindo é muito bom!
Os quatros chegaram devagar... Quando um deles se aproxima de Priscila Baterfly, então a olha por um minuto e dá um sorriso e ela também sorri para ele. Os outros três ficam de longe observando sem nada entender. Não quiseram mais a amizade daquele que se aproximou de Priscila.
Por algum tempo ficaram ali próximo ao mar mas depois foram embora. Priscila correu na beira do mar e também fez um lanche junto dos seus irmãos e do novo amigo. Ao jogar para ela uma bola feita com pano e folhas ele lhe diz:
- Ontem você não me chamou de sapo, certo?
– Mas se eu te der um beijo você se torna um príncipe! E... daquele dia em diante, realmente ela o viu como um príncipe. Mas agora ela se via sempre no lago e no mar e, quando se via no espelho da água, se via cada vez mais linda e agora tinha a companhia de raposas, coelhos e jacarés.
 Com quinze anos ela via o príncipe como um sapo novamente e vivia conversando com os três malvados que como raposas, coelhos e jacarés tinham a sua companhia.
Todos os meninos gostavam dela. Todas as meninas estiveram em sua festa.  Cada um deles levou um presente para ela. Ela era odiada pelas meninas por ser a mais bonita da floresta.
O sapo já não aparecia por um bom tempo. Por pouco tempo ele foi um príncipe para ela. Mas ela preferiu a amizade de todos em vez do amor dele somente. Quando lembrava dele só lembrava do lago verde-musgo. Dos outros meninos malvados lembrava o mar de Florzi.
Esta foi a historia de Priscila Buterfly que nasceu e viveu na floresta de Florzi. Morreu com febre aos trinta anos numa casa abandonada. Seus irmãos não quiseram saber dela porque a consideravam ingrata.
Sua mãe havia sido morta por jacarés. Priscila Baterfly morreu muito feia e por isso os meninos malvados não quiseram vê-la mais.

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