GREVE DE ONIBUS EM BELO HORIZONTE

( FONTE : JORNAL SUPER DE BELOHO HORIZONTE)

Dezessete dias depois de os moradores da região metropolitana da capital viverem momentos de caos devido à greve dos rodoviários, o mesmo cenário desanimador e tumultuado deverá voltar às ruas da capital e em outras oito cidades (Contagem, Sabará, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Vespasiano, Pedro Leopoldo, Nova Lima e Rio Acima). A paralisação começou à 0h de hoje e ficou acertada após assembleias realizadas neste domingo.
Em fevereiro, quando os ônibus pararam de circular durante três dias, 1,5 milhão de usuários foram afetados. Cerca de 80% dos 2.850 ônibus que rodam diariamente na capital ficaram parados, ou seja, a frota ficou sem 2.280 veículos.
Com congestionamentos em todas as principais vias da cidade, chegar ao trabalho virou uma missão quase impossível. Isso, sem contar os conflitos que ocorreram nas ruas. Houve depredações de veículos e brigas entre policiais e sindicalistas. O número de passageiros do metrô, na época, aumentou 32% - 18,4 mil pessoas a mais.

Reivindicações

De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região (STTRB), Denilson Dorneles, as principais reivindicações são o reajuste salarial de 12%, redução de jornada para seis horas e fim dos ônibus sem trocador. A expectativa para essa nova paralisação é de que 2.800 coletivos da Grande Belo Horizonte fiquem estacionados na garagem, sendo que toda a frota de Contagem (400) deve parar.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que vai esperar a convocação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e que os departamentos pessoais das empresas estão abrindo negociações para novas admissões de motoristas e cobradores.