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domingo, 3 de janeiro de 2010

China age com rigor contra igrejas não registradas

Recentemente, a China condenou cinco religiosos protestantes a penas de 3 a 7 anos de prisão, uma das mais severas decisões em casos do tipo. O grupo liderava uma igreja que reunia 60 mil seguidores na Província de Shanxi, no norte do país.
A igreja não era registrada no Departamento de Assuntos Religiosos do governo, responsável pela supervisão de temas relacionados à fé. A função do departamento é garantir que as igrejas respeitem o Partido Comunista e não tentem desafiar sua autoridade. Os grupos registrados recebem o nome de “patrióticos”, pela promessa de fidelidade ao Estado antes da religião.
O advogado Li Fanping, que defendeu os cinco protestantes condenados no mês passado, acredita que o principal alvo do governo são as igrejas familiares, compostas por pequenos grupos que se reúnem em casas.
“Esse grupo está fora do controle do governo e, na China, as autoridades são hostis aos movimentos que fogem ao controle oficial, porque são vistos como uma ameaça ao regime e à estabilidade social”, disse Li Fanping, cristão desde 1997.
O governo também desconfia do trabalho de missionários estrangeiros, associados ao colonialismo de que a China foi vítima a partir de meados do século 19. Inúmeros pregadores católicos e protestantes entraram no país sob a proteção das forças invasoras para converter os chineses ao cristianismo. Hoje, a atuação de missionários estrangeiros é proibida pelo governo, mas muitos agem de forma clandestina.

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